terça-feira, 14 de dezembro de 2010

POR QUE "DEUS E OS HOMENS"?

Um dos "nossos"sugerira-me escrever sobre os convertidos do século passado. Por isto é que me aventurei a resumir o livro "Deus e os Homens" de Pierre Van Deer de Walcheren. Confesso-lhes: "Fabiola"e esse foram dois livros que muito contribuíram para enraizar em mim os valores religiosos católicos. Além, é claro, das aulas de catecismo e de religião ministradas por dois sacerdotes no Caraça: Padre MontÀlvão, no primeiro ano, e Padre Cruz no quarto e quinto anos. A esta altura da vida, cheguei à seguinte conclusão: fui objeto ou alvo de dois tipos de formação religiosa. Nas aulas de religião, conheci a história da religião cristã e católica. E graças aos dois mestres que tive, constituiu esse aprendizado o substrato, o alicerce de minhas crenças, para não dizer, de minha fé. Mas ao lado disto ou complementando ou tornando eficiente esses conhecimentos teóricos, valeu-me por demais, e vale-me até hoje, o conhecimento, pela leitura sobretudo, da prática, da vivência daqueles valores religiosos, cristãos e católicos, pelos mortais como eu. Na minha adolescência Fabíola, História de Uma Alma, de Santa Terezinha, Jesus Rei de Amor e O Nazismo Sem Máscara, O BRIGADEIRO DA LIBERTAÇÃO foram sementes que caíram, mercê de Deus, em terreno propício. À medida que fui crescendo a leitura das biografias de homens e mulheres, católicos ou não mas vivendo de Deus, foi de mãos dadas com aquele aprendizado, mais teórico que prático, da religião constituindo, levantando, formando duas margens por onde serpenteia minha existência, aos trancos e barrancos, até ao presente dia. Graças a Deus! Conversando hoje com meu médico urologista, católico, aluno dos jesuítas, dizia-me ele que mais do que o relato seco dos fatos bíblicos influencia as mentes infantis, infantis diria eu pela idade e pela ignorância religiosa cristã e católica, o conhecimento vivenciado por homens, atuais ou não, que vivendo, praticando os princípios evangélicos num mundo contemporâneo, bombardeados por princípios e valores contraditórios até, mexem com o nosso ego, com a nossa consciência, com aquela dignidade em semente de criaturas divinas QUE SOMOS, mesmo que nisto não creiam. Lembro-me do que repetia sempre meu professor de religião: o homem ( HOMO = o ser humano) traz em si as sementes do bem e do mal, do anjo e do demônio. Pense-se num Vicente de Paulo, num Gandi, num Hélder Câmara, num Padre Damião o Leproso, da ilha de Molocai, NUM THOMAS MERTON e em tantos que, como lembra o apóstolo São Paulo, cultuam "o deus desconhecido deles", os milhares de exemplos de cristãos, católicos, cristãos ou não, que cultuam na vida prática o deus desconhecido, "ignoto deo", cujo gene assinala todo ser humano. Escrevi demais e me ia esquecendo de dizer que "Deus e os Homens" vale a pena ser lido. Há algo nele que nos perturba. Como também nas cartas que Tristão e Jakson de Figueiredo se trocavam.

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