quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

" DEUS E OS HOMENS" - 5

A cerimônia da vestição (tomada de hábito) de Ana Marieke se deu no dia 05/08/1932 na Abadia de Notre-Dame. Dom Abade, acompanhado das duas madrinhas da postulante, aos sons dos sinos e do coro das monjas, acolitado por Dom Pieterke, saiu do interior da clausura, paramentado, precedido de Ana Marieke, vestida de noiva. Era ladeada pelas duas madrinhas vestidas de preto. A cauda da veste era carregada por um casalzinho de crianças. Dom Abade perguntou-lhe: "Que pedes? Em pé, ela respondeu: " A misericórdia de Deus e a graça do santo hábito". No devido momento sua mãe desprendeu-lhe o véu de noiva, ergueu nas mãos a cabeleira da filha, então cortada pelo oficiante, oferecendo-a a Deus. como uma oferenda. Ana Maria colocou um leve véu sobre a cabeça da filha. No parlatório, Ana Marieke, dora em diante Irmã Cristina, recebeu o hábito religioso, o cinto de couro, o véu branco na cabeça, o escapulário da ordem e uma vela acesa. Cantou-se então o Te Deum, em ação de graças, ao fim do qual seu pai viu a filha bater na porta da clausura e "com sua vozinha de sempre, a mesma voz com a qual ela cantava ou chorava" (pensou o pai) em casa, Irmã Cristina entoou: "Abri-me as portas da justiça; quando eu tiver entrada, exaltarei o Senhor!" Após pequena alocução, Dom Abade confiou-a à superiora do mosteiro e a porta se fechou. No dia 18/12/1932, a convite do padre Basílio que continuava a morar em sua casa, Matias o acompanhou a Roma. Ao pôr a esposa a par do convite, ela, depois de justificar não poder acompanhá-lo, lhe disse: "Você vai rever Roma COMO CRISTÃO. Quando lá estivemos com Pieterke, há 25 anos, ÉRAMOS PAGÃOS". Depois dessa visita a Roma,certo dia, em casa, Pieterke, criança de 5 anos apenas, se voltou para Ana Maria e lhe perguntou: "Mamãe, por que não vamos nunca à igreja aqui, como fazíamos na Itália?" Eu tive a impressão de que Pieterke, desde antes de seu batismo, pelo puro desejo de criança, inspirado por Deus, ajudou-nos a escolher o verdadeiro caminho e procurar Deus onde ele realmente está. O ponto de partida depende às vezes de tão pouca coisa, é tão imperceptível a origem dos maiores acontecimentos..." (termina no próximo blog).

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