segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

"PEQUENO  PRÍNCIPE"  SETENTÃO?

CORRE NAS ONDAS VIRTUAIS QUE SIM! PARABÉNS ENTÃO!  Talvez por isso, pelos 70 anos de libertação do cordão umbilical, procura-se deturpar, profanar o encantamento infantil da obra prima de SAINT-EXUPÉRY.
"Esse conto único na obra do autor francês, analisa JACQUELINE ANCY, pela forma que lhe deu, não difere de suas demais criações literárias no que concerne ao seu sentido profundo. O que parece  é que o escritor tenha sentido de repente necessidade de um ar puro, de simplicidade, de ternura. Recuando um pouco,  num sentido figurado,  ele se dá o direito de algum tempo de repouso de espírito e de alma, afastando-se por algum tempo de tudo que envolvia sua atual  situação: preocupações, complicações, desgostos, dúvidas. A infância foi o refúgio natural para o qual se inclinou. Ali reencontrou o jovem TONIO, que no fundo jamais deixou de ser, caminhando na estrada da verdade. Num estilo simples, bem concatenado, percorrendo caminhos que não passam às vezes de ligeiros traçados, o autor poeta se redescobre e nos confia uma vez ainda o essencial de seu pensamento". Por que modificar o suntuoso e poético castelo que com tanta arte infantil construiu? Não queiram esquecer os que assim procuram agir a lição do pintor Apeles: "Ne sutor supra crepidam!" Não furtem às nossas crianças, grandes e sobretudo pequenas, mais, entretanto àquelas que a estas,  a história desse Pequeno Príncipe que reina sobre seu minúsculo planeta, sua viagem através do universo, suas aventuras sobre o planeta TERRA! Segundo Jacqueline, TONIO  ensina "que uma rosa não é eterna e que já começa a aborrecê-lo a SUA ROSA,  aquela que ele deixou no planeta por que o fazia infeliz com seus caprichos, seu autoritarismo e seu orgulho. A rosa é a mulher, quando, muito mais tarde, o Pequeno Príncipe conta sua história  ao adulto Saint-Exupéry, aviador numa pane  no deserto da Líbia, ao  acrescentar: "Nunca se deve escutar as flores! É preciso olhá-las e respirá-las. Então eu não as compreendi.  Eu deveria julgá-las pelos atos e não pelas palavras... eu deveria ter adivinhado sua ternura através de suas astúcias... Mas eu era muito moço para saber amar!" (Saint-Exupéry, por Jacqueline Ancy).

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