terça-feira, 19 de janeiro de 2016

DOIS   CATÓLICOS   ERUDITOS   QUE   MUITO    SE   COMPRENDERAM

A LEITURA  ATENTA  de  um  católico convertido...uma força eficaz na busca da  VERDADE!  "É  CERTO QUE MUITO DEVO Às obras do católico convertido LÉON  BLOY (1846-1917) .  Assim inicia sua análise o também convertido Thomas  Mérton (1915-1968)  sobre o  autor de "CELLE  QUI  PLEURE"  ("Aquela que chora", Nossa Senhora da Salete).  E prossegue:  "Não me recordo EM QUE ÉPOCA foi o meu primeiro contato com as obras de BLOY.  Sem dúvida alguma deve ter sido através de um dos MARITAINS. Lembro-me de que, na Universidade de Colúmbia, no final da década de 1930, eu tinha o hábito de retirar da biblioteca uma coleção muito grande da Obra de BLOY, e a única pessoa que, nessa época,  costumava ler esses livros era RAISSA  MARITAIN, esposa de JACQUES MARITAIN, ambos  convertidos ao catolicismo.  Ela tinha sempre o nome assinalado nas fichas da biblioteca, logo depois do meu. Talvez aquela intransigência de BLOY atraisse o jovem elemento de extremismo que havia em minha própria personalidade. Mas, acima de qualquer dúvida,  parecia-me que esse anseio  por uma forma radical e inteiramente revolucionária do CRISTIANISMO  seria a última alternativa para redimir o cristianismo confortável e escapista dos nossos tempos, salvando-o da sua total, talvez blasfema, falta de seriedade.  Não acho que o estilo de BLOY seja sempre perfeitamente equilibrado e comedido.   Ele é extremado, algumas  vezes levado pela sua ira,  que pode ser, ou não, profética. Mas isto não é o caso. Exigir de BLOY que ele fale como um pontífice em termos plácidos e  serenos, é exigir que ele seja outra pessoa e não ele mesmo. Como escritor, é, por vezes, magnífico, sobretudo nas suas indignações! Talvez a minha maior dívida para com ele seja  o contato que ele me proporcionou com "CELLE  QUI  PLEURE". Fiquei muito emocionado com o livro.  Talvez seja a sua obra que maior significado tenha tido para mim" ("SEMENTES  DE  DESTRUIÇÃO", MÉRTON). Conheça o livro de BLOY sobre a aparição de Nossa Senhora da Salete em 1846.

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