29/10/1945:   SETENTA  ANOS  DO  TÉRMINO  DA   DITADURA  VARGAS

O "ESTADO NOVO", CRIADO EM 10/11/1937 por GETÚLIO VARGAS, conheceu seu primeiro grande abalo a partir de 1942, quando o país declarou guerra ao EIXO. Desde então, a oposição, apesar da censura, começou a se movimentar através sobretudo de movimentos estudantis, UNE,  contra o nazi-fascismo. Em outubro de 1943, lideranças civis e liberais de Minas Gerais lançaram o "Manifesto dos Mineiros", contestando o regime ditatorial, o que causou a punição de seus vários signatários.  Em 1944, numa atuação mais agressiva da oposição, começou a ser articulada a candidatura de EDUARDO GOMES, herói do Forte de Copacabana, à Presidência da República, nos meios militares.  Em janeiro de 1945 o Primeiro Congresso Brasileiro de Escritores defendeu imediata democratização do país; em fevereiro, ignorando a cesnsura.  A Imprensa publicou entrevista com JOSÉ AMÉRICO defendendo eleições livres e apresentando o BRIGADEIRO EDUARDO GOMES a candidato das oposições. Rompendo o isolamento, o governo baixou lei prevendo a realização de eleições em data a marcar-se em 90 dias. Decretado o Código Eleitoral e as eleições marcadas para 02/12/45, o governo se pôs a fazer campanha, surgindo algumas novidades como atrativo para o candidato escolhido, Eurico Gaspar Dutra. Em outubro de 1945 Getúlio nomeou seu irmão Benjamim Vargas Chefe de Polícia do Distrito Federal, circulando rumores de que prenderia os generais que conspirassem contra o regime. No dia 29/10/1945 Getúlio foi deposto pelo Alto Comando do Exército, retirando-se para São Borja, e assumindo o poder como presidente da República o ministro do Supremo Tribunal, José Linhares, para transmitir o poder ao candidato eleito no dia 02/12/1945. Assumiu então o poder o general EURICO GASPAR DUTRA que, terminado o mandato, passou o  bastão ao substituto, o próprio GETÚLIO VARGAS que disputara a eleição com o mesmo Brigadeiro EDUARDO GOMES. Com a morte de GETÚLIO,   o Brigadeiro foi nomeado Ministro da Aeronáutica do Presidente CAFÉ FILHO, sucessor de Getúlio.