domingo, 25 de maio de 2014

"NOTRE-DAME",   ETERNA  MARAVILHA  EM  PEDRA

Tristão de Athayde, visitando PARIS em 1950, deixou-nos no livro "Europa de Hoje" a seguinte impressão da "eterna maravilha de pedra, "NOTRE-DAME de Paris. Confessa que "o que me surpreendeu agora em Notre-Dame foi a brancura da pedra. Guardara a memória de uma catedral negra e vinha encontrar, não digo uma basílica branca como Monmartre, mas uma pedra lavada pelo tempo e que se vai tornando cada vez mais alva, à medida que se aproxima da fina flexa das torres imateriais".  Para ele Notre-Dame continua a maravilha de sempre, tranquila, superior, como testemunh de setecentos  anos de fé inabalável, de afirmação serena e de beleza pura. Não apenas nas pedras, pois nas igrejas de Paris é muito visível o movemento litúrgico fiel à tradição do beneditino Dom Guéranger, antes tão combatido. Do outro lado do Sena, a pequena maravilha da minúscula capelinha de Saint-Julien-le-Pauvre, cujo nome se atribui a Jacques de Voragine que por ali viveu no mais remoto medievo. Essa minúscula igrejinha do século XI, já bastante mutilada, sem fachada, cortada ao meio, entregue ao culto católico de rito melquita, tem o significado especial de ter sido a igreja onde LÉON BLOY, o apaixonado por Nossa Senhora da Salete, cada manhã ia à missa e comungava todo dia. Bem perto dali, na Rue du Bac, a capelinha das irmãs de caridade ou vicentinas. Uma delas, hoje Santa Catarina Labouré, ali serviu de porteira por muitos anos e viu Nossa Senhora da Medalha Milagrosa sobre cujos joelhos se debruçou em 1830. Aquela pequenina e movimentada capelinha tornou-se  o centro da imensa colmeia das filhas de São Vicente de Paulo ( nessa época  não havia paisagem francesa ou brasileira onde se não notavam umas brancas cornetas das filhas de São Vicente, nossas também, brasileiras, universais e beneméritas, que o digam a Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro e os ficus da rua de Santa Luzia). Foi na igreja de Notre-Dame de Paris que o Santo Papa João Paulo II beatificou o fundador das Conferências Vicentina, Antônio Frederico Ozanã, em 1992.

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