sábado, 25 de agosto de 2012

OUTRA EXPLICAÇÃO DA FRAÇÃO DO PÃO

Outra explicação do ritual litúrgico da FRAÇÃO DO PÃO, realizada durante a celebração do mistério da Eucaristia, é apresentada por 2 sacerdotes: o brasileiro Padre João Baptista Reus, S.J. (Curso de Liturgia, pp. 261) e o beneditino alemão Pius Parsch (Para Entender a Missa, pp. 139). Antigamente, celebrando o papa a missa em Roma, era-lhe apresentada num cálice uma partícula da hóstia consagrada na missa anterior. Esta partícula era juntada ao sangue então consagrado, manifestando-se assim a unidade e relação íntima entre a missa anterior e a presente. Com esta mesma finalidade, o papa enviava aos bispos das sedes episcopais de Roma, aos domingos e dias festivos, uma hóstia consagrada em sinal de comunhão com a Sé Apostólica. E no sábado que precedia ao domingo de Ramos o papa enviava aos bispos circunvizinhos uma hóstia consagrada para a próxima solenidade pascal; a mistura então das sagradas espécies era símbolo sublime e sinal da unidade da Igreja e da unidade do Sacrifício. Este costume cessou no século IX. A FRAÇÃO DO PÃO tinha um duplo significado: um de ordem prática, para a distribuição aos fieis, e outro de ordem espiritual. Daí se entende por que nos tempos dos apóstolos a ceia eucarística fosse chamada simplesmente de "a Fração do Pão", primeiro nome da missa. No blog anterior sobre o assunto, o ato de partir o pão foi considerado simbolicamente como a morte violenta de Cristo na cruz, e a mistura e união do corpo e do sangue de Cristo como símbolo da Ressurreição. O sacerdote rezando então "Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós", podemos dizer: "O Cordeiro de Deus, imolado e glorificado, está agora sobre o altar para que o recebamos. Está ali para apagar em nós as dívidas das ofensas que lhe infligimos e nos dar a paz".

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