terça-feira, 17 de julho de 2012

O VATICANO E OS LEFEBVRISTAS

No LE FIGARO de hoje, 17/07/12, assim escreveu JEAN-MARIE GUÉNOIS: "Entre Écône e Roma o diálogo é difícil mas continua. Os rumores apregoados domingo noticiando que os lefebvristas se preparam para dizer um não definitivo a Roma foram desmentidos segunda-feira pelo Monsenhor Bernard Fellay, superior da Fraternidade São Pio X. Em entrevista concedida em seu site oficial DICI, ele afirma: "Não somos nós que rompemos com Roma, a Roma eterna, mestra de sabedoria e de verdade. De outro lado, seria irrealista negar a influência modernista e liberal que se exerce na Igreja desde o Concílio Vaticano II e as reformas que daí surgiram. Numa palavra, guardamos a fé na primazia do pontífice romano e na Igreja fundada sobre Pedro, mas recusamos tudo aquilo que contribui para a destruição da Igreja, reconhecida pelo próprio Paulo VI desde 1968. Somos católicos, reconhecemos o papa e os bispos. Longe de nós a ideia de constituir uma igreja paralela, exercendo um magistério paralelo, de nós substituirmos a Igreja Católica, Apostólica e Romana. Encerrado o Cabido Geral sábado em Écône, na Suissa, onde se cuidou das relações com Roma, Mons. Fellay precisou: "Faremos chegar em breve a Roma a posição do Cabido que nos deu ocasião de precisar nossa rota de ação, insistindo sobre a conservação de nossa identidade, único meio eficaz para ajudar a Igreja Católica a restaurar a cristandade". Desta forma, surgiria a oportunidade do favorecimento da paz e da unidade entre os membros da Fraternidade, pondo um ponto final nas ambiguidades existentes entre as partes em discussão. O ambiente atual ficou mais favorável ao diálogo, com a nomeação pelo Papa de um novo interlocutor como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. Finalmente se atentaria para a "vocação", por assim dizer, da Fraternidade São Pio X na Igreja Católica, que não poderia guardar silêncio diante da perda generalizada da fé ou da queda vertginosa das vocações e da prática religiosa, nem diante da "silenciosa apostasia"e de suas causas.

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