domingo, 14 de agosto de 2011

ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA - 15/08

MARIA SUBIU AOS CÉUS... Esta maneira comum de exprimir a verdade da ASSUNÇÃO não lhe empobrece o significado? Não dá uma visão desfalcada do plano de Deus? Um privilégio a mais, um milagre? O milagre nos deve levar pela mão ao santuário do mistério. Do mistério de MARIA assunta, de MARIA assumida. ASSUMIDA por Deus à glória do céu. No fim de nossa vida mortal poderia bem o padre dizer, benzendo uma última vez o que foi nosso corpo: "Toma, terra, o que é teu!" Porque nosso corpo se lhe assemelhou pelo pecado na corrupção. Quando toca a seu fim, entretanto, a existência terrena da SANTÍSSIMA VIRGEM, quem deve reclamar-lhe o corpo é o céu, o próprio Deus, que nele teve o mais perfeito de seus santuários entre os homens. Deus o ASSUME, o associa à sua glória. Com um milagre que a tradição conservou, porque lia nele o complemento, a perfeição, a consumação do trabalho que Deus começara no primeiro instante da vida de MARIA sobre a terra. Esse primeiro instante foi santo: MARIA foi SANTA e IMACULADA em sua CONCEIÇÃO mesma. Preservada para sua missão. Separada do resto de todos os mortais por AQUELE que pôde escolhê-la como MÃE. Tendo que, no seu seio, assumir um corpo, ele começou por ASSIMILÁ-LA à sua divina santidade, redimindo-a antecipadamente, unindo-a a si de maneira tão singular quanto definitiva e irrevogável. Possuída assim de maneira constante e total por Deus, só mesmo ele poderia chamá-la. Elevada aos céus, estava sendo colocada no lugar que lhe tinha sido assinalado, como próprio, nos planos de Deus. Naquele dia a HUMANIDADE, regenerada, devolveu a Deus o princípio emprestado de sua regeneração: a MÃE que nos trouxe o VERBO-SALVADOR, a própria MÃE de DEUS. Resta-nos contemplar no rastro de graça que marcou seu caminho para o céu o arco-íris a unir DEUS e HOMEM, após o dilúvio do pecado, no seu CORPO, inundado com o ESPLENDOR ETERNO de DEUS, a garantia da nova e eterna aliança, NELA já consumada e, por nós, ardente e esperançosamente suspirada! (Pe. Marçal, C.M. - Revista São Vicente, 08/1958).

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