08/11/1968: ENTREVISTA DE MÉRTON COM DALAI LAMA
No encontro de MÉRTON com o DALAI LAMA, em Dharamsala, depois de uma série de perguntas sobre a vida monástica ocidental, MÉRTON consultou-o sobre a questão "MARXISMO E MONAQUISMO", objeto, dois dias após, de sua palestra em Bangcoc. Respondendo, o Dalai Lama observou que, sob certo aspecto, era impraticável monges e comunistas se entenderem , mas que isso talvez não fosse totalmente impossível, se o marxismo significasse apenas o estabelecimento de uma justa estrutura social e econômica. Talvez houvesse alguma verdade na crítica de Marx à religião, tendo em vista o fato de líderes religiosos já se haverem unido, tão persistente e estreitamente ao poder secular. Mesmo assim, por outro lado, o ateísmo militante se empenhou de fato por suprimir todas as formas de religião, boas ou más. "Foi uma discussão cordial e muito animada, escreve Mérton, e no fim eu senti que nos tornáramos muito bons amigos, estando bem próximos, de algum modo, um do outro. Tenho grande respeito e afeição por ele como pessoa, crendo além disso que entre nós há um verdadeiro vínculo espiritual. Ele observou que eu sou um "geshe católico", o que, segundo Harold, era o mais alto elogio possível partido de um "Gelugpa", como um doutorado honorário!" ("MÉRTON NA INTIMIDADE", p. 406). Outro não foi o pensamento do papa JOÃO XXIII, na encíclica "PACEM IN TERRIS", 1962.
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
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