segunda-feira, 9 de junho de 2014

APOGEU   DO   LATIM   NO   BRASIL   

0  CORREIO DA MANHÃ  de  11/09/1938 noticiou que, a partir de 1939, "entraria em vigor nova reforma do ENSINO  SECUNDÁRIO, realizada pelos membros do Conselho Nacional de Educação, sob a supervisão do ministro GUSTAVO CAPANEMA. Entre as demais disciplinas do novo currículo reservou-se  ao LATIM o maior número de aulas. Vale dizer que será a formosa língua de Cícero elemento precípuo na educação e formação dos jovens estudantes do Brasil. Foi sem dúvida por lhe reconhecerem alto valor formativo e educativo do pensamento que se lhe deu ali merecido destaque, o que não poderemos jamais encarecer e aplaudir devidamente. Impõe-se, pois, que o Ministério da Educação, pelos seus órgãos técnicos,  procure traçar ao ensino do LATIM rumos claros e seguros, normas precisas e únicas para todo o Brasil, a fim de que dele se tire o máximo de proveito com o mínimo de esforço. Em um século como o nosso em que tanto  se fala em congresso, não nos parece exagerado  apregoar a necessidade de um congresso de PROFESSORES DE LATIM, como meio de assegurar, em todo o território nacional, a unidade do ensino daquela matéria que se considerou a MAIS  IMPORTANTE  DAS  DISCIPLINAS  DO  CURSO  DE  HUMANIDADES (Jorge Alves Possas, do GYMNASIO DE BARBACENA). Aluno na época no Colégio do CARAÇA, glorio-me de ter, durante cinco anos, com cinco aulas por semana, estudado a língua que a deusa VÊNUS, tão afeiçoada à gente lusitana e não menos apaixonada pela antiga gente romana, ao ler o poema de LUÍS de CAMOES, imaginou não se tratar, veiculando seu pensamento com um pouco de  corrupção, de outra língua senão da LÍNGUA  LATINA: "E na língua, na qual, quando imagina, com pouca corrupção crê que é a Latina". ("Os Lusíadas", Luís de Camões, canto I,33).

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