quinta-feira, 10 de outubro de 2013

JAN   PALOCH

Em carta de 21/01/1969, TRISTÃO DE ATHAYDE,  noticiando a renúncia de dois ministros do STF diante da demissão do seu Presidente pela junta que comandava o país, ponderou que se tratava de "gestos que não tiveram, contudo, a dramaticidade do holocausto (e não suicídio) do jovem tcheco JAN PALOCH "que se autoimolou em Praga quatro  dias antes, em protesto contra a ocupação da Tchecoslovaquia por tropas soviéticas. Gesto este que "representa a prova mais dramática de que os valores espirituais continuam vivíssimos na Europa". O jovem estudante de letras (1948-1969) imolou-se pelo fogo, dia 16/01/1969, na Praça Venceslau em Praga. Assim agiu para fazer seus conterrâneos entenderem que se tornaram  indiferentes, seis meses depois da ocupação de seu país pelos russos em agosto de 1968. Na noite de 21 desse mês, por ordem de Leonid Brejnev, 300.000 homens, em paraquedas e poderosos blindados invadiram o país, sob o pretexto de consolidar o socialismo ameaçado, e ali recentemente implantado.  Somente vinte anos mais tarde os habitantes tchecos puderam saudar de volta a liberdade que lhes fora sequestrada. O protesto de JAN  PALOCH repercutiu bastante no país como no estrangeiro, tornando-se o jovem mundialmente conhecido e homenageado ("DIÁRIO de UM  ANO de  TREVAS").

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