sexta-feira, 26 de outubro de 2012

HOMENAGEM PÓSTUMA A UM CÃO

THEO, um cão farejador de explosivos, foi homenageado ontem em Londres. Falecido em abril de 2011 numa missão no Afeganistão, juntamente com o amigo Liam Tasker, um patrulheiro de 26 anos, colegas de ambos se reuniram num quartel de Londres para condecorar: ao cão, com a Medalha Dickin, mais alta homenagem do Reino Unido pela bravura de animais; ao militar, com a Ordem do Império Britânico. Os dois foram atingidos por disparos de insurgentes afegãos na província de Helmand, reduto taleban. A dupla conseguira localizar em 5 meses 14 bombas, um recorde. THEO é o vigésimo oitavo cachorro a receber a condecoração da Associação Beneficente de Veterinários fundada em 1943 durante a segunda guerra mundial. A Folha de São Paulo, 26/10/12, mundo A15, noticiando o fato, lembra que apenas um gato mereceu tal condecoração: mascote do navio de guerra inglês Amethyst que ficou meses ancorado em águas chinesas. Não sei se em nosso torrão nacional algum animal tenha sido já agraciado com tais honrarias por semelhantes atos heroicos. Particularmente, contudo, muitos de nós já levantamos altares a alguns bichos, no panteão de cada um de nós, numa homenagem a nossos irmãos irracionais (mas nem tanto!). Nas chuvas torrenciais do Estado do Rio de 2010, em Teresópolis ou Petrópolis ou Friburgo, todos se lembram do vira-lata marcando o local onde desaparecera o corpo de seu dono. E que por dias a fio lhe montou guarda no cemitério. Assunto puxa assunto, que juízo se pode ou se deve fazer do provérbio atualmente, creio, não muito usado: "Se entre amigos encontrei cachorros, entre cachorros encontrei amigos!"? E para encerrar: clique na internet LUIZ GUIMARÃES, poeta, e leia a poesia VELUDO O CÃO NOJENTO.

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