segunda-feira, 27 de junho de 2011

PETRÓPOLIS CONTINUA NO MESMO LUGAR!

Não me perguntem como vai Petrópolis, a menos que queiram um repeteco da resposta mineiramente pitoresca do inesquecível político udenista - só rejeitado, pelo menos por mim, quando mudou de casaca patrocinando a ditadura de 64 - MAGALHÃES PINTO, na época governador das ALTEROSAS. Vindo ao RIO, quem sabe para tratativas inconfidenciais com CARLOS LACERDA nas antevésperas do famigerado 31 de março, um bajulador lhe perguntou: "Como vai Minas, Governador?". E a resposta de inopino lhe caiu de um sorriso matreiro, sem pestanejar: "Minas, meu velho amigo, continua no mesmo lugar!!! Petrópolis também não arreda pé. O Piabanha a lhe banhar as margens, as tão decantadas hortênsias em misteriosos recessos, o centro, este tomou um banho de terceiro-mundismo, embora esquecido de que a cidade não é só ele. Felizmente os olhos zangados da Democracia ainda velam, imperialmente, pelos entornos! Estão sempre suspirando por alguma eleição, quando costumam capinar as ruas, e desassorear os ribeirinhos que lhe margeiam os morros, e ouvir milhões de promessas fogofatuais...discos que nunca se quebram, e se repetem mal os sapos nas ruas cochicham troca de administradores. Ontem fui à celebração da Eucaristia na capela do Menino Jesus de Praga, na Rua Dias de Oliveira, Bingen. O Tristão costumava diariamente ouvir a missa no Sagrado, lá no final da igreja. Por razões por certo difenciadas faço quase o mesmo. Quase, porque fico em pé fora do templo, sob pequena cobertura que precede a entrada. Faz menos frio nesta época e não me exponho àquele "movetur", àquele despertar de, quem sabe, quietude cansativa, exasperante para muita gente, queira Deus que esteja mentindo! quando o celebrante pede se dêem a paz todos, caridosamente. Atrás de mim, ontem, um belo sol a me esquecer as costas, me pareceu estar um casal com criança ao colo. A criança me fez acreditar fosse uma netinha com os pais. Fiquei na minha, concentrado, Na fatídica hora dos mexe-mexe, virei-me de costas, meio certo já de que não se tratava de meu filho, esposa e netinha. Mas, e se fossem? Que azar! Um casal piamente se beijando e eu a lhes quebrar o enleio santo, estendendo-lhes a mão calosa, enrugada, transparente de minúsculos rios subcutâneos, num "Paz de Cristo" muito sincero, mas de forma desajeitada, pois levaram um não pequeno susto!

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