domingo, 8 de novembro de 2009

O PEQUENO PRÍNCIPE NA OCA

Parque do Ibirapuera - Pavilhão Lucas Nogueira Garcez - OCA - São Paulo. No dia 4 de novembro próximo passado, às 10 da manhã, esquecidos da tranquilidade da avenida Higienópolis, penetramos no portão 03 da av. Pedro Alvarez Cabral, s/n. Munidos dos devidos passaportes, meu filho LUIZ AUGUSTO e ESPOSA MARIANA, e este octogenário, que tudo daria para não perder essa viagem de mágico encantamento, apertamos logo o passo para podermos acompanhar o neto GAEL que não cabia em si de ansiedade para descobrir e ver a encantadora história que mal começava no interior daquele monumental museu paulistano.  Ele, o neto GAEL,  já conhecia de vista noturna e de vista diurna o perfil do personagem que começava a visitar: ANTOINE DE SAINT-EXUPÉRY.  De vista noturna, sim, porque não admitia dormir sem a fronha e o lençol com os mágicos desenhos do poeta-pintor-aviador, presente de aniversário da avó paterna LÉA  MARIA . De vista diurna também, porque de segunda a sexta, sozinho fazia questão de atravessar quase marchando ou apostando corrida com algum coleguinha o longo corredor do colégio, onde estudava,  até desaparecer na entrada da sala  da Tia Renata.  Mas  -  e  eis o pormenor  -  sempre dependurada  nas costas a mochila do PEQUENO  PRÍNCIPE  bem visível, vestido de amarelo, pairando no ar e arrastado  por um cordame puxado por onze pássaros com a seguinte explicação: "Je crois qu`il profita, pour son évasion, d`une migration d`oiseaux sauvages". Com a mais infantil simplicidade e com a mais acurada perfeição os organizadores da exposição souberam atingir as mais profundas e delicadas linhas do encantamento e da curiosidade das crianças pequenas e grandes que no sonho vivido naquele museu estão lendo, mais com a imaginação e com a sensibilidade do que com os olhos, cada uma das páginas do livro " O  PEQUENO  PRÍNCIPE", escrito pelo poeta- aviador ANTOINE DE SAINT-EXUPÉRY.  Uma quase "fábula lírica e profunda, com um dos mais amados personagens de ficção, o principezinho, que vem de um planeta distante para ensinar os homens a viver de verdade".  Eis o conselho apontado pelo folheto recebido pelo visitante ao adentrar nesse mundo encantado: "Vamos descobrir essa história  como quem entra numa fábula. Deixe-se levar, com a alma em liberdade, como se o país da infância  nunca pudesse se afastar de você. Se você é uma criança, lembre-se do que acha importante hoje. Guarde esses valores intactos para quando for uma pessoa grande. Se você já é uma pessoa grande, deixe fluir a criança que existe dentro de você". De minha parte, um conselho não pedido, nem querendo eu ser intrometido embora já o  sendo:  podendo, vá visitar a exposição! E guarde com a máxima fidelidade as paisagens gravadas em suas cordas sentimentais as mais humanas, para que, se as percorrerdes um dia e se, à vista de uma delas, uma estrela no céu lhe chamar fortemente a curiosidade, não prossiga, detenha-se sob sua luminosidade. E se uma criança se aproximar de você, se sorrir, se tiver cabelos de ouro, se interrogada nada lhe responder, você já sabe quem ela é! Então seja gentil! Não me deixe continuar mergulhado em tamanha tristeza: escreva-me depressa que ela voltou! (Fecho do livro "O PEQUENO  PRÍNCIPE").   

Um comentário:

  1. Do "pequeno Príncipe" o que mais me calou na memória foi: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas". Tal frase tem sido para mim um lema ou um guia no decorrer de minha existência. Queiramos ou não, sempre conquistamos a confiança de alguém. E aí, a gente se torna responsável pelo menos por uma parte da felicidade daquele alguém.
    Entretanto, quero agradecer-lhe hoje outra coisa muito simples. Refiro-me a uma pequena lição de língusa portuguesa, ao solucionar você uma dúvida que tive a respeito de uma palavra. Tive preguiça de recorrer ao dicionário e acabei mandando um comentário de que constava a palavra "entrometimento". Fui levado por dupla preguiça: a de não recorrer ao dicionário e, outra, de me lembrar do latim que tão bem aprendemos. Como, porém, é mais digno reconhecer o erro do que negá-lo, beijo humildedmente suas mãos sagradas de profeta e de grande professor de Literatura e de Português em nosso querido Caraça. João

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