terça-feira, 9 de junho de 2015

COMEÇO  E  FIM  DO  LATIM  NA  IGREJA

U um dos primeiros debates do CONCÍLIO VATICANO II (1962-1965) ROLOU EM TORNO do uso do LATIM na LITURGIA da Igreja Católica. Falando em francês, embora o uso do latim tivesse sido prescrito para os debates, o Patriarca melquita de  Antioquia Maximo IV abordou a questão da LÍNGUA LATINA, afirmando que Cristo tinha falado a língua de seus conteporâneos, isto é, o ARAMAICO,  única em que os ouvintes podiam compreendê-lo, parecendo anormal à igreja do Oriente o uso do Latim, sendo, aliás, certo que ao menos até à metade do século III a própria igreja Romana tivesse  usado o GREGO  em sua liturgia, por ser a língua dos seus fiéis. Se o GREGO havia sido abandonado em favor do LATIM foi porque precisamente nesse ínterim o LATIM se tornou a língua dos fiéis. Daí nunca no ORIENTE  a língua litúrgica ter constituído um problema, pois  o salmista declara "Que todos os povos louvem o Senhor". Donde dever o homem  louvar a Deus em todas as línguas, não compreendendo os ORIENTAIS pudessem estar reunidos e constrangidos a rezar em uma língua que não compreendessem! Assim sendo, a conclusão do Patriarca de Antioquia éra que, sendo o Latim uma língua morta, sendo a Igreja viva, sendo a linguagem um instrumento da graça, a LÍNGUA USADA devia ser  uma  LÍNGUA  VIVA, pois ela é feita para homens e não para anjos".   

Nenhum comentário:

Postar um comentário