sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

GIOVANNA É UMA POETISA

Acabo de visitar a netinha Giovanna. ONTEM ficou-me na história. Quatro anos e dois meses exatos após abandonar o casulo e levantar o voo para o céu, minha esposa tinha do alto a visão virtual, em seu antigo aposento, da presença de seus dois filhos, e já agora de seus três netinhos, reunidos, primeira vez, numa homenagem ao ano que se punha a engatinhar. E tudo foi uma noite deslumbrante e inesquecível! Mas... acabo de levar o que restou do bolo para a netinha Giovanna. O pai deu-lhe a idéia de mostrar ao avô o álbum de fotos recentes. Pedia-lhe a cada página uma delas como presente. "Não pode!" Ao final, implorei: "Esta eu vou levar". "Não pode". "Por que?""DESCASCA!". A FOLHA de anteontem, 09/01/13, sob o título PEQUENO SETENTÃO, publicou pequena análise, pelos 70 anos do "PEQUENO PRÍNCIPE", de Saint-Exupéry, expondo seu lulgamento sobre o livro. Confesso, "en passant", que me parece não mais tratar-se de um "episódio ainda nebuloso" o sumiço do avião do piloto próximo a Marselha em 1944. Creio que Jacques Pradel e Luc Vanrell, com suas pesquisas reconhecidas trouxeram à luz em definitivo a resolução do mistério com a edição do livro "ST-EXUPÉRY, LULTIME SECRET", enquête sur une disparition", 2008. O autor do citado artigo, Cassiano Elek Machado, critica o tradutor do "PEQUENO PRINCÍPE", Dom Marcos Barbosa, apontando-lhe arcaísmos e o uso de "vós não sois", na segunda pessoa do plural. Mal pode saber que na década de 40, se se usasse "você" cairiam sobre ele. Os tempos hoje são muito outros, digo-lhe nos meus 84 anos vividos! Por último, quase ridicularizando o estilo de Exupéry, Cassiano escreve: "Há frases bonitinhas, como "A flor parecia nunca acabar de preparar sua beleza, no seu verde aposento". Eu me dispus a rabiscar este blogue agora, exatamente face ao que acabei de OUVIR há pouco de minha netinha: "Não pode, DESCASCA!" E numa busca rápida e saudosa do manual "ARTE DA COMPOSIÇÃO E DO ESTILO", do Padre Antonio da Cruz, meu ex-mestre de literatura no Caraça, eis o que li: "Estilo original 'é aquele que surpreende, que impressiona, que seduz; não é original o estlo morto, sem imagem, sem colorido, sem relevo, sem imprevisto. A originalidade está, PRINCIPALMENTE, na maneira de dizer as coisas, de exprimir as ideias, de fazer valer os pensamentos. Sem ela não há grande escritor". Terminando sua análise sobre o "PEQUENO PRINCIPE", o articulista me deixou induvidoso sobre o sentido do que afirmou, ao depois de dizer: "Acima de tudo, o PP aina cumpre, 70 anos depois, aquilo que seu narrador exprime na penúltima página: "Ás vezes a gente se distrai e isso basta!" Em resumo de tudo que aqui trago escrito: minha netinha tem estilo, é uma poetisa, isto é, sabe fazer, sabe criar, é original, DEUS é o absoluto poeta, o criador deste máximo POEMA, o UNIVERSO, sua MÁXIMA OBRA. '

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