sábado, 19 de janeiro de 2013

Frase atribuída a Paulo Francis

Acabo de ler na FOLHA, A2 opinião, 19/01/13, a exposição, brilhante, surpreendente, enobrecedora como sempre,  de RUI CASTRO.  Teceu comentários sobre aribuição de pensamentos a personagens trocados.  Entre outros exemplos um, sobremodo, me chamou a atenção. "O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil, do político bahiano Juracy Magalhães, atribuído a Paulo Francis".  Surpreendi-me, pois nunca soube  ter sido Francis aquinhoado com tal presente. E mais: cinco anos atrás, li no jornal de Belo Horizonte  "Estado de Minas", edição de 29/07/2007, declarações do embaixador aposentado Manoel Pio Corrêa que afirmou numa entrevista tratar-se no caso de uma imprecisão histórica.  Disse Pio Corrêa que a frase atribuída  a Juracy  Magalhães não fora essa e, sim, "o que é bom para o Brasil deve ser bom para os Estados Unidos. Completando o relato da novidade para mim, disse que estivera presente na reunião em que Juracy  proferira a célebre frase e que o ministro da Justiça da ditadura falecera sem nada comentar a respeito, tendo, porém, confidenciado a Pio Corrêa que ficara profundamente magoado com toda essa história. Como eu fosse amigo de Eliézer Magalhães, irmão de Juracy Magalhães, e tendo introduzido em livro que escrevi algo em torno do Dr. Eliézer, ali narrei o que lera no matutino mineiro ( "Antes que amanheça", Giz Editorial).  A essa altura, volto a duvidar sobre o real autor ou melhor criador do famigerado pensamento, tanto mais que agora o assunto ficou mais obscuro ainda,  entrando no meio a figura do nosso pranteado jornalista Paulo Francis.

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