sábado, 24 de março de 2012

ACORDO COM OS LAFREBVISTAS?

JEAN-MARIE GUÉNON, comentarista credenciado junto à SANTA SÉ, comentando a razão pela qual o VATICANO não desespera de um acordo com o O SUPERIOR GERAL DA FRATERNIDADE SACERDOTAL SÃO PIO X declara no LE FIGARO, 16/03/12, que pessoas há que falam de um "ultimatum" lançado pelo VATICANO na busca de uma solução antes de um mês com relação à crise entre BENTO XVI e MONS.FELLAY dirigente daquela sociedade. GUËNON SUPÕE que a palavra "ultimatum" nasceu de um entendimento equivocado das palavras do porta-voz do VATICANO, Padre Lombardi, respondendo a uma pergunta de um jornalista. No dia 12/01/12 o SANTO PADRE, em resposta a uma carta de MON. FELLAY, fê-lo saber que a posição por ele expressa não era suficiente para remover os problemas doutrinários que estão na base da cisão entre a SANTA SÉ e a dita FRATERNIDADE, convidando-o a bem esclarecer sua posição, a fim de se chegar à redução da fratura existente, como o deseja o Papa. Esta "cortesia" do Papa indica que o Santo Padre quer sempre um ACORDO. Julga, contudo, o comentarista GUËNON que a negociação mudou de natutrza: não é mais de natureza DOUTRINAL mas de natureza ECLESIAL. E explica-se: desde 3 anos, poder-se-ia dizer, os engenhosos sistemas, do lado dos lefrebvistas e do lado do Vaticano trabalharam para tornar compatíveis duas versões de um mesmo "logiciel catholique", mas datados de duas épocas muito diferentes. Concluiu-se tratar-se de uma incompatibilidade técnica e definitiva, isto é, teológica entre o Concílio Vaticano I e o Concílio Vaticano II. Roma procura um acordo baseado numa visão larga do catolicismo, capaz de integrar várias famílias algumas das quais muito distantes umas das outras, um espírito capaz de admitir um debate interno, uma "disputatio", que pertence contudo à grande tradição intelectual = e atualmente perdida = da IGREJA CATÓLICA. Breve, uma saída pelo alto e não por baixo, o que não é o estilo de Bento XVI em quem rigor intelectual e precisão rimam com largueza de visão e sopro espiritual e intelectual . Por último, não se há de excluir até um convite a esse filho rebelde para um reencontro como ele havia feito no início de sua eleição. E que ele lhe ponha como um pai a seu filho, isto é, de homem a homem, e não de técnico a técnico da teologia a questão de confiança. É o próprio da audácia dos discípulos de Cristo, como tanbém a característica dos grandes homens que sabem tomar chegado o momento uma verdadeira decisão.

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