quinta-feira, 17 de março de 2011

GRAÇA HABITUAL - ESTADO DE GRAÇA

GRAÇA tem o sentido, na religião católica, de dom, favor, ajuda, concedido por Deus gratuitamente, sem direito algum de nossa parte. A criação do ser humano por Deus foi uma GRAÇA. Quando ele enriqueceu sua alma e seu corpo daqueles valores ou virtudes naturais ou humanos foi outra GRAÇA. Quando Deus, criando o homem, o colocou num estado de justiça original ou estado de graça ou de santificação, tornando-o seu filho adotivo, foi outra GRAÇA de natureza mais elevada ainda. Esse tipo de GRAÇA tem o nome de GRAÇA HABITUAL por ser uma qualidade sobrenatural inerente à nossa alma, permanente por sua natureza, que fica em nós enquanto a não expelimos, cometendo voluntariamente alguma falta grave contra as leis de Deu Quem conserva A GRAÇA HABITUAL vive em ESTADO DE GRAÇA, o que nos torna capazes de fazer obras meritórias para a vida eterna. Como se adquire ESSE ESTADO DE GRAÇA? Adquire-se a primeira vez pelo sacramento do BATISMO e, se perdido por alguma falta grave contra as leis divinas, recupera-se pelo sacramento da PENITÊNCIA ou por meio da Contrição Perfeita de que falaremos oportunamente. É bom sabermos que basta uma falta grave apenas para que se perca o Estado de Graça bem como todo o mérito de nossas boas obras anteriores. Recuperado, porém, o Estado de Graça (ou Graça Santificante), os méritos passados tornam a viver, mas as obras feitas sem o Estado de Graça não adquiriram méritos. O ESTADO DE GRAÇA, ou Graça Habitual, é uma "inchoatio vitae eternae", um começo da vida eterna, uma prelibação da vida beatífica, o botão que já contém a flor, embora esta só vá desabrochar mais tarde. É pois do mesmo gênero que a própria visão beatífica e participa da sua natureza. Outro tipo de GRAÇA é a GRAÇA ATUAL de que trataremos noutra ocasião.

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