terça-feira, 15 de junho de 2010

"CATÓLICO NÃO PRATICANTE"

Ilustrando 0 narrado anteriormente no blog, trago-lhes um fato que ouvi, ainda durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), de um professor de religião, quando eu estudava no Colégio do Caraça. Um general brasileiro, comandante dos soldados que se preparavam no EUA para combaterem na Europa contra o fascismo e o nazismo, hospedou-se lá num hotel e, preenchendo a ficha de entrada, declarou-se "católico". Sabedor da presença na paróquia do tão importante católico proveniente do Brasil, reservou-lhe na igreja paroquial um lugar de distinção. Não tendo, contudo,  no domingo participado de missa alguma na paróquia, foi ao hotel interessado em notícias sobre o general brasileiro que em sua ficha de hospedagem se intitulara "católico".  Com surpresa, o pároco ouviu dele que, na verdade, ele era católico, mas "não católico praticante". Restou saber se o eclesiástico conhecia esse tipo de "católico não praticante", bastante em moda no Brasil. É que ser católico é crer e praticar a doutrina cristã. Não existe um duplo tipo de católico. Alguém é "católico" ou não é! Assim como uma pessoa do sexo feminino está grávida ou não está (se for o caso!). O que não pode é estar, por exemplo, meio grávida ou 20% grávida. A gravidez ou existe ou não existe! Julien Green, escritor francês (1900-1989), em seu livro "Vers l`Invisible", conta que um seminarista catequizava um jovem que se preparava para ser batizado. Recomendou-lhe um dia que lesse os Santos Evangelhos. Passado um tempo, o moço veio dizer-lhe que já estava na "Ceia"  "(ocasião em que Cristo instituiu a Eucaristia). O catequista lhe respondeu: "Estamos todos nós também na "Ceia". Um dia estaremos  na "Cruz" e então se saberá quantos cristãos haverá, pois seremos contados. Os cristãos, não havia mais bastantes na primeira Sexta-Feira Santa (ao morrer Cristo na cruz)!!! 

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