terça-feira, 18 de março de 2014

Inteligencia e vontade, uma aberta todos os raios da verdade, outra, solicitada por todas as atrações do bem casam-se harmoniosamente no ato superior de quem crê. Na doutrina católica, a concepção da FÉ na sua essência é um ato da inteligência, a adesão prestada a uma verdade revelada. Concilio de Trento: "A fé é uma virtude sobrenatural pela qual  prevenidos e auxiliados pela graça de Deus cremos como verdadeiro o conteudo da revelação não em virtude de sua verdade intrinseca, vista pela luz natural da razão, mas por causa da autoridade de Deus que não pode enganar-nos nem enganar-se. No evangelho a mensagem de Cristo se nos representa como uma doutrina que se deve ensinar e transmitir pela pregaçào. A este magisterio corresponde a adesão livre dos homens; prestá-la é CRER: "IDE  por todo o mundo, pregai o EVANGELHO  a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo, quem não crer será condenado"(Mc.XVI). A palavra CRER INDICA A ATITUDE DE RESPOSTA A UMA VERDADE PROPOSTA, A UM ENSINAMENTO COMUNICADO PELO MESTRE: "SE VOS DIGO A VERDADE, POR QUE   NÃO ME CREDES?"CRER APRESENTA-SE COMO UM ATO DA INTELIGENCIA QUE ADMITE UMA DOUtRINA, UMA VERDADE, sob o testemunho de  outrem  que  afirma.Na epistola aos Hebreus (Ad,Hebr, XI,I.)  se define a Fé como : "Realidade das cousas que esperamos (sperandarum  substantia rerum), a fé é descrita como o fundamento, a realidade do que esperaMOS: A FÉ SERIA O APOIO SOLIDO DE TODAS AS NOSSAS ESPERANÇAS, SPERANDARUM SUBSTANTIA RERUM. No segundo membro (ARGUMENTUM NON APPARENTIUM) TEM'SE A IDEIA DE SUSTENTAR: A FE SERIA O APOIO SOLIDO DE SUBSISTIR:  EM RESUMO:  AS COUSAS que "esperamos"  COMEÇARIAM , pela fé, a TER no nosso espirito uma REALIDADE  SuBSISTENTE, tào certa e indubitável como se as vissemos com os olhos". Donde se conclui que: 1. a FÉ é um ATO DA INTELIGENCIA pelo qual admitimos como verdadeira uma doutrina ATESTADA pela AUTORIDADE  DIVINA; 2. é um ATO  LIVRE , dependente de nossa vontade e por isso sob o dominio de nossa responsabilidade moral, digna de mérito como virtude ou de condena'cão como pecado.
FÉ  e  INTELIGÊNCIA:  em face de uma verdade de um exame rapido surgem 2 estados mentais diferenciados: UM definitivo, tranquilo,é a posse consciente da  CERTEZA; outro provisorio, instavel, é a DUVIDA. Na certeza a inteligencia adere definitivamente a uma das alternativas e repousa na percepcão do objeto conhecido. Na DUVIDA a inteligencia oscila, a verdade não lhe aparece com a sua força de determinação. As razões DE AFIRMAR E DE NEGAR OU NÀO SE MANIFESTAM (DUVIDA NEGATIVA) OU PARECEM EUTRALIZAR-SE (DUVIDA POSITIVA), Num e noutro caso o espirito é solicitado em sentidos oposos sem conseguir o repouso da unidade.Semelhante ao do que duvida é o estado de quem OPINA. Aqui o equilibrio que caracterizava a DUVIDA é destruido em favor de uma das alternativas. A inteligencia adere, pronuncia-se, afirma.. Mas as razões,  as probabilidades  que a inclinam não lhe parecem  decisivas, tranquilizadoras.O objeto `não se ilumina com toda a sua claridade, os argumentos não ultrapassam os limites do provavel, deixam aberta a possibilidade de outros argumentos, nào ultrapassam os limites  do provavel. A nota caracteristica da OPINIÀO é esta inquietude de que a soluçào a que se chegou não é definitva, este receio não se fundamenta de que talvez a verdade esteja do outro lado. O espirito ficou suspenso sem possibilidde de uma adesào tranquilizadora. A FÉ não é duvida, nào é opiniào, É  CERTEZA! No CRENTE não há suspensão de juizo, é CERTEZA. Nenhuma adesão oscilante e tímida, mas a CONVICÇÃO profunda de quem está com a verdade!
ENTRE  AS  CERTEZAS, porém, a FÉ  ocupa um ludgar distinto, que só podemos mostrar com um exame mais  detido dessa atitude intelectual.

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