segunda-feira, 5 de agosto de 2013

UM ENTRE 31.125 DIAS DE VIDA

E ESTE DIA é hoje, 05/08/13. Num inverno carioca de atípica indecisão sobre qual vestimenta usar cada dia, ao calor de ontem, dispensando indumentária de frio, o dia amanheceu-nos sombrio, sem sol, nesta segunda-feira de ressaca. No elevador, dois andares a baixo, uma senhora de meia idade,ao entrar exclama sorridente e feliz contemplando-me e dizendo: "Que bom! o senhor aqui!" Dirigindo-lhe a atenção, surpreendido, sem ainda saber o que responder, ela continuou: "Fulana e eu voltamos há pouco de férias e ela falou-me que fora o senhor que falecera durante nossa ausência". E me vendo vivo, concluiu numa explosão de satisfação fraterna: "Que alegria! Felizmrnte o senhor está bem vivo!"Comecei bem o dia, respondi-lhe eufórico, sinal de que viverei muito ainda!" Regressando pouco depois da visita diária à netinha de 3 anos - lenitivo muito mais vivenciado por "vôs"e certamente por "vós", enclausurados numa indesejada viuvez, a televisão me coloca nos braços de mãe jovem e bonita a criança linda e robusta que, apenas liberta do ventre, é atirada no lixo com vida. A mãe ocultava a gravidez e fora obter remédio no hospital. Antes de ser atendida, de repente corre ao banheiro e dà à luz a filhinha! Fico a meditar sobre a atitude a ser escolhida. Ocultara a gravidez por que? Só ela por certo e talvez o pai conhecessem a causa ou causas! Encurralada psicologicamente, partira para o caminho mais viável no momento. E depressa arrependida voltara ao hospital, identificando-se. Não pude deixar de sentir o peso cristão do pensamento evangélico do poeta latino: "Nihil humani a me alienum puto", isto é, o sofrimento de todo ser humano tem que ser compartilhado por todos e cada um dos componentes da sociedade criada por Deus! Somos todos irmãos, filhos do mesmo pai, resgatados pelo Sangue de Cristo. Não hesitemos em indagar por quem dobram os sinos!

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