domingo, 11 de agosto de 2013

50 ANNOS sem JOÃO XXIII - 30 ANOS sem TRISTÃO

NO ANO EM CURSO dois sentidos desenlaces afloram espontaneammente em nosso espírito. O papa JOÃO XXIII faleceu dia 03/06/1963 e TRISTÃO DE THAYDE no dia 14/08/1983. Em sua obra "JOÃO XXIII" Tristão, magoado, citou a frase do Cardeal Siri, de Gênova, um dos papáveis do conclave que escolhera JOÃO XXIII: "Serão precisos 40 anos para a Igreja recuperar o que perdeu em 4", numa clara e infeliz referência ao período de pontificado do papa pranteado. E não contendo seu íntimo mal estar continuava: "Quando ouço uma frase dessas compreendo que esforço infinito é preciso para não odiar o próximo. E dizer que são homens dessa qualidade que vão escolher, por eleicão, o sucessor de JOÃO XXIII. Por essas e outras é que não consigo aquietar meu coração, por mais que me convença de que quem vota não são os A ou os B, mas o próprio Espírito Santo. Por mais que procure calar a voz das minhas cavernas, não consigo tirar o pensamento do que FORAM ESSES 4 ANOS E MEIO que fizeram progredir a Igreja de 400 ANOS! QUANDO PENSO NESSES 4 ANOS, começo a considerá-los como algo de irreal, de 'trop beau pour être vrai'! Será que vou precisar recorrer a todas as minhas reservas de fé para não cair na blasfêmia, não contra o Espírito Santo, mas contra ESSES VELHINHOS que o próprio JOÃO XXIII olhava com vontade de "rejuvenescê-los" como rejuvenesceu a face do Cristo?" Se vivo fosse o CardeaL SIRI RECONHECER-SE-IA por um lado autêntico profeta e por outro um péssimo analista da vida e do pontificado do Papa JOÃO XXIII? AUTÊNTICO PROFETA, SIM, pois aí está o papa FRANCISCUS, mais ou menos 40 anos decorridos desde a morte de JOÃO XXIII, ao que tudo indicando correr na mesma raia que JOÃO XXIII, num esforço sincero, pastoral, de implementar os sonhos do Papa JOÃO XXIII com a abertura do Concílio Vaticano II. Um péssimo crítico do pontificado de JOÃO XXIII, segundo o que na mesma obra citada escreve TRISTÃO DE ATHAYDE: "De tal maneira me identifiquei com JOÃO XXIII e vi nele o caminho do rejuvenescimento da face do Cristo em nosso século que não consigo ficar à margem. O que vi nesse papa foi o próprio Cristo. Admirei Pio XI e Pio XII. Mas amei JOÃO XXIII. E O AMEI porque a JESUS não se admira. Ama-se. Ou não se ama. Mas é no fundo de nós mesmos que entramos em relação com Ele. E JOÃO XXIII. Quando MURILO MENDES (converteu-se ao catolicismo em 1934) veio ao Rio, há 2 anos, eu me preparava para dar um curso sobre a encíclica "Mater et Magistra"no Centro Dom Vital onde ele fez uma conferêencia em que atacou rudemente a Cúria Romana e até escandalizou. Nada me disse sobre a encíclica e sobre o Papa. Mas ASSISTIU à CONFERÊNCIA. ESTEVE EM ROMA. JÁ NO CONCÍLIO ESTAVA OUTRO. MAS PARECE QUE A "PACEM IN TERRIS" É que o deslumbrou e lhe abriu os olhos. O Papa era realmente um assombro".

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